No último sábado, fez uma semana que trouxemos o novo gatinho para casa.
Para minimizar as chances de uma aproximação traumática, deixamos o novo gato isolado da Chloe durante esse período.
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É impressão minha ou estou ouvindo um miado chatééérrimo? |
O gatinho está bem. Ele é muito dócil, meigo e tagarela. Nos primeiros dias, ele miava DEMAIS e acho que foi porque estava sentindo falta da mamãe gata. Tadinho, ele estava totalmente "deslocado" em casa e perdido! A Chloe é uma gata muda e confesso que tive dificuldade em me acostumar com a tagarelice do pequeninho. Eu sempre achava que ele estava com fome, frio, dor, etc.,etc., toda vez que miava. Busquei concentrar-me no fato de que era melhor tê-lo em casa, seguro e bem cuidado, do que na rua. E, assim, fui levando.
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Tagarela? Eu??? |
Coloquei-o separado da Chloe e a adaptação foi feita através de contato visual dos gatos pelas portas de vidro da varanda e uma pequena fresta. Assim, poderiam sentir o cheiro um do outro e se verem. Nos 3 primeiros dias, a Chloe rosnava, fazia fuzzz, bateu em mim e no meu marido, mas, não desgrudava do vidro. Estava toda curiosa! Acho que ela até reagiu bem pois eu esperava uma gata muito mais estressada com esse processo. Dias depois, resolvi colocar a caixa de transporte com o pequeno no meio da sala. A Chloe veio cheirar, rosnou, deu patadinhas na caixa, depois, sentou-se bem em frente dele. Ficou lá, encarando o pobre. Na segunda vez que fizemos esta experiência, o saldo foi melhor: ela não rosnou nem bufou.
Então, resolvemos dar mais um passo na "apresentação" dos dois e aproximamos o gatinho, no nosso colo, da Chloe. Deixamos que eles se cheirassem e só. Não houve fuzzz nem rosnados. Isso nos encorajou a sermos mais ousados... decidimos colocar os dois em contato na última quinta-feira. Meu marido soltou o gatinho perto da Chloe e ela não o atacou, apenas o cheirou e ficou "rodeando" o pequeno o tempo todo. Tivemos o cuidado de manter um spray de água a postos, caso a situação saísse do controle. Fiquei bem satisfeita em ver que ela não tentou matá-lo...rs
Hoje o cenário é o seguinte: ela está "tolerando" a presença dele mas não está morrendo de amores. Ele, tadinho, é super bonzinho e quer ser amigo dela, mas ela está relutante. Eles conseguem dividir o mesmo ambiente sem se enroscarem numa briga. De vez em quando, a Chloe dá umas patadas no gatinho o que tem deixado-o com receio de se aproximar muito dela. Ela o cheira bem no focinho, sem demonstrar hostilidade, mas, com alguma frequência, fica caçando-o pela casa e encurralando-o debaixo dos móveis. Eles ainda não brincaram juntos. Tentei usar brinquedos mas só o pequetito se interessa. Ela só o observa mas não interage nas brincadeiras. Eles também não dormem próximos um do outro. Um dia, ele tentou deitar-se perto dela e ela soltou um fuzzz bem na cara dele. Pobrezinho...
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Tô arrasado... queria tanto fazer amizade com aquela gatinha! Ela até é parecida comigo: tem listras também! |
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Gente, por que ela não gosta de mim? Será que sou tão aterrorizante assim? |
Conosco, a Chloe está normal. A fase mordedora passou. Seu passatempo diário agora é tomar conta do novo gatinho e segui-lo pela casa afora. Hoje de manhã, quando abri a porta do quarto, estavam os dois sentadinhos me esperando. Quando me abaixei para cumprimentá-los, ela saltou sobre ele e o imobilizou, mordendo na garganta. Não interferi e fiquei observando se aquilo seria uma brincadeira ou uma briguinha. Pela posição das orelhas dela, percebi que ela não estava de brincadeira e separei os dois com um spray de água. Fiquei triste por ele, que não revidou em nenhum instante. Chloe, por outro lado, está se revelando uma especialista na arte do bullying.
Não sei se a aproximação foi feita rápido demais e se devo ou não retroceder o processo, deixando-o separado dela como antes. Só os deixei dividirem o mesmo espaço porque, em NENHUM momento, houve sinais de rosnados, uivos, fuzzz e mordidas matadoras por ambas as partes. Ambos exercem seus hábitos felinos normalmente, um na frente do outro, como comer, dormir e usar a caixinha de areia.
Por outro lado, sinto que a Chloe tem passado algum tempo intimidando o gatinho. Acho que ela quer se afirmar como "gata alfa"...
Por que acho isso?
1 - Chloe está com o hábito de se sentar e ficar encarando o gatinho e observando tudo o que ele faz
2 - Ela começou a usar a caixa de areia DELE
3 - Ela começou a comer a comida do pratinho dele, e não do dela (aliás, alguém tem uma dica de como controlar as refeições, dado que eles estão comendo rações diferentes? Devo dar o mesmo tipo de ração para ambos, por exemplo, ração de filhote?)
Sei que o tempo de convivência dos dois é ainda muito pequeno! É preciso paciência e cautela. Vamos ver se, no final das contas, eles irão se tornar melhores amigos ou apenas dividirão o mesmo apartamento. rs
Gostaria de ouvir a opinião de quem já passou pelo processo de adaptar um gato novo a outro já existente na casa. Será que devo separá-los novamente?
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Opa! Vou aproveitar que ela está distraída e tentar me aproximar... |
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... vou fingir que nem estou vendo-a e fechar meus olhinhos... |
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Beleza! Está dando certo! Já consegui me aproximar mais! |
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Agora é manter o controle e fingir que estou dormindo... |
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... mas eu estou mesmo é espionando... |
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Chloe: Nem pense em se aproximar! Gatinho: ZzzzZZZzzzzz (fake) |
PS1: fizemos o exame PCR no gatinho para diagnosticar possível infecção com FIV/FELV e o resultado deu negativo! Viva!
PS2: não decidimos o nome dele até hoje! O que vocês sugerem?
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E aí, galera? Que nome combina comigo? |